Doença de Alzheimer e outras Demências:
Como neurologista especializado no tratamento do Alzheimer e de outras demências, tenho acompanhado de perto os desafios que essas condições impõem aos pacientes e seus familiares. Embora ainda não exista uma cura definitiva, diversas abordagens terapêuticas vêm se mostrando eficazes no alívio dos sintomas, na preservação da função cognitiva e na melhora da qualidade de vida.
O Impacto das Demências no Cérebro:
Doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, a Demência Vascular, a Demência por Corpos de Lewy e a Demência Frontotemporal afetam diferentes regiões do cérebro, comprometendo memória, cognição, linguagem e comportamento. Essas condições são progressivas, e, por isso, estratégias de intervenção precoce são fundamentais para retardar a sua evolução.
Terapias Alternativas no Manejo das Demências:
Além das abordagens convencionais, como o uso de medicamentos que modulam os neurotransmissores, terapias alternativas têm mostrado benefícios significativos. Como exemplos:
* Estímulo Cognitivo: Atividades como jogos de memória, leitura guiada e música terapêutica ajudam a fortalecer conexões neurais e preservar habilidades cognitivas.
* Aromaterapia e Fitoterapia: Óleos essenciais como lavanda e alecrim podem auxiliar na redução da ansiedade e no estímulo da memória. Estudos indicam que compostos naturais, como os encontrados no ginkgo biloba e na cúrcuma, possuem propriedades neuroprotetoras.
* Terapia Ocupacional e Estimulação Sensorial: Trabalhar com texturas, cores e atividades práticas favorece a interação do paciente com o ambiente, reduzindo agitação e melhorando a resposta emmocional.
* Atividade Física e Meditação: Exercícios aeróbicos e ioga ajudam na neuroplasticidade, promovem o bemestar e diminuem o estresse oxidativo, um dos fatores associados à progressão da doença.
* Nutrição Funcional: Dietas ricas em antioxidantes, ômega-3 e compostos anti-inflamatórios (leguminosas, peixes), têm demonstrado um impacto positivo na proteção dos neurônios e na desaceleração do declínio cognitivo.
* Cannabis medicinal (fitocanabinoides – ou canabidiol): Possui grande potencial neuroprotetor e antiinflamatório. No caso do Alzheimer, o canabidiol (CBD) pode ajudar (em teoria – razão de pesquisas atuais) a reduzir a processo inflamatório cerebral, regulando o equilíbrio e aliviando alguns de seus sintomas, principalmente relacionados ao comportamento, ansiedade, humor, dor e distúrbios do sono, proporcionando uma melhor qualidade de vida para os pacientes.
Cada paciente responde de maneira única, e por isso, a combinação de diferentes abordagens pode trazer melhores resultados, melhorando não só a qualidade de vida dos pacientes como de seus familiares e cuidadores. Se você ou alguém que você conhece enfrenta um desses desafios, saiba que há caminhos para viver com mais conforto e bem-estar.
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