DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO

Os distúrbios do movimento englobam um grupo de condições neurológicas que afetam a capacidade do corpo de realizar movimentos voluntários e involuntários de forma coordenada. Entre as mais conhecidas, destacam-se os tremores, a Doença de Parkinson, as distonias, a Coreia de Huntington e a síndrome de Tourette (tiques motores e vocais). Essas condições, apesar de terem causas distintas, compartilham impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes.

Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo caracterizado pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos na substância negra do cérebro. A deficiência de dopamina leva a quatro sintomas motores cardinais como:

Tremores em repouso – Comum nas mãos, mas pode afetar outras partes do corpo.

Bradicinesia – Lentidão nos movimentos, dificultando atividades diárias.

Rigidez muscular – Aumento do tônus muscular, causando dores e dificuldades motoras.

Instabilidade postural – Maior propensão a quedas e dificuldades na marcha.

Outros distúrbios do movimento incluem:

Tremor essencial – Um tremor rítmico que pode ocorrer nas mãos, ao movimento ou com membro estendido, ocorrendo também na cabeça ou mesmo na voz, sendo muitas vezes confundido com a doença de Parkinson.

Distonia – Contrações musculares involuntárias que causam posturas anormais e movimentos repetitivos.

Doença (Coreia) de Huntington – Uma condição genética, hereditária, que causa movimentos involuntários descontrolados, além de declínio cognitivo e distúrbios psiquiátricos.

Síndrome de Tourette – Caracterizada por tiques motores e vocais, geralmente com surgimento na infância.

Tratamentos Convencionais:

O tratamento depende do tipo de distúrbio e da gravidade dos sintomas. No caso do Parkinson, existem várias opções que ajudam a melhorar a qualidade de vida:

Medicamentos sistêmicos (enterais ou transcutâneos (emplastros)

Cirurgia para implantar um pequeno eletrodo no cérebro – Chamada de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), essa técnica pode ser indicada para casos mais avançados e ajuda a reduzir os sintomas motores.

Terapias complementares – Reabilitação com Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia ocupacional são fundamentais para preservar a mobilidade e a autonomia. Outras terapias com Psicologia, Nutricionista e acompanhamento médico, conforma a necessidade individual.

• Para outras condições, existem tratamentos específicos, como o uso de injeções de toxina botulínica para aliviar os espasmos da distonia e medicamentos para controlar os tiques na síndrome de Tourette.

Terapias Alternativas e Complementares:

Além dos tratamentos tradicionais, algumas abordagens alternativas podem trazer benefícios para os pacientes:

Exercícios físicos e fisioterapia – Caminhadas, alongamentos e exercícios de fortalecimento ajudam a manter os músculos ativos e a reduzir a rigidez.

Terapia Ocupacional – Ensina estratégias para facilitar as tarefas do dia a dia e manter a independência.

Técnicas de relaxamento, como meditação e mindfulness – Podem ajudar no controle e regulação do estresse e da ansiedade, que muitas vezes colaboram com a piora dos sintomas.

Canabidiol (CBD) – Tem se mostrado cada vez mais como auxiliar no alívio da ansiedade, insônia e dores.

Alimentação equilibrada – Uma dieta rica em antioxidantes e ômega-3 pode ajudar a proteger o cérebro e desacelerar a progressão da doença.

Cada paciente responde de maneira diferente ao tratamento, por isso é importante ter um acompanhamento médico contínuo para ajustar as abordagens conforme a evolução da doença. O suporte de uma equipe multidisciplinar, incluindo neurologistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e nutricionistas é essencial para oferecer um tratamento completo e personalizado.